A Netflix trouxe um novo anime com contos de terror de Junji Ito, Junji Ito: Maniac, ou em português: Junji Ito: Histórias Macabras do Japão.
Em formato de antologia (casa episódio conta uma ou mais histórias sem ligação uma com a outra) são contadas 20 histórias diferentes em 12 episódios.
Neste artigo vamos falar dos primeiros 3 episódios, que conta 4 histórias distintas.
Episódio 1: Os estranhos irmãos Hikizuri
Uma fotógrafa interessada em espíritos e fantasmas visita a estranha e assustadora casa onde moram os seis irmãos Hikizuri.
Dentro os três primeiros episódios, com certeza essa é umas das mais fracas histórias de Junji Ito. Sendo mais uma história cômica, está história tem pouquíssimos elementos de terror e toma o episódio todo para contar uma história que não chega a lugar nenhum. Acredito que é mais uma apresentação dos personagens, que em algum momento podem ter novos contos.
Episódio 2: História 1: A história do Túnel Misterioso
Goro volta ao túnel onde viu a mãe entrar uma vez.
Esse sim me surpreendeu muito positivamente. História sucinta, com personagens interessantes e um final no estilo de contos de terror japonês. A história começa com o mistério que vai sendo revelado perto do fim. Esse com certeza é um dos melhores contos até o momento na minha opinião.
Episódio 2: História 2: Caminhão de Sorvete
Um jovem encantador dirige o novo caminhão de sorvete do bairro.
Este conto está mais próximo do bizarro do que do terror propriamente dito. Não há aprofundamento dos personagens e deixa uma sensação de incompleto. Talvez se trouxerem o sorveteiro em uma nova história, esse conto possa ser visto com uma nova perspectiva. Na minha opinião, bem dispensável esse conto.
Episódio 3: Balões no ar
Após o aparente suicídio de uma famosa cantora, várias pessoas veem sua cabeça gigante flutuando no céu.
Este é um dos clássicos de Junji Ito, tanto que faz parte da coletânea Calafrios, que traz uma seleção de contos preferidos do autor.
O conto em si é perfeito ao meu ver, traz um elemento de urgência e um mal que aparentemente não pode ser vencido. A trama começa sem elementos de sobrenatural, e vai escalando até chegar um momento de distopia.
Infelizmente a qualidade da animação peca, principalmente quantos aos balões, que são nitidamente feitos em computação gráfica, o que destoa do resto da animação.
Percebi algumas diferenças em relação ao conto em mangá, mas acredito que foram boas modificações e não mudam em nada a experiência.
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Por enquanto é isso, em breve novos artigos sobre os episódios seguintes.