Minha esposa e eu estávamos muito ansiosos para ver esse filme. Além de todo o atraso no lançamento devido a pandemia, ainda havia a expectativa de que esse seria o filme onde a diretora Patty Jenkins mostraria a história que queria contar sem interferências do estúdio (no primeiro filme há a história de que o final foi feito a contra gosto pela diretora por exigência do estúdio).
Pois bem, mesmo com medo do vírus, fomos ao cinema e assistimos Mulher Maravilha 1984, que além dos cinemas, foi lançado de forma simultânea na HBO Max.
Pois bem, o filme pode se dizer que divertiu, mas sabe aquela sensação ao sair do cinema de "lhé"? O filme está longe de ser um desastre ou a pior coisa já feita, mas da mesma maneira está longe de ser um filme que ficará na memória das pessoas.
O filme de uma forma resumida é uma diversão honesta para se assistir quando não houver muitas opções. Mas também é totalmente esquecível.
Diferente da opinião de algumas pessoas, não tenho problema na relação da Diana (Mulher Maravilha) com o retorno de Steve Trevor. Na verdade até que gostei do motivo do retorno e do clímax no último encontro deles em tela.
E para aqueles que acham que depois de tanto tempo ela não deveria ter aquela reação, eu digo que a perda de alguém que amamos é atemporal. E da mesma maneira que o personagem Gavião Arqueiro no filme Vingadores Ultimato, pior que a dor da perda é a esperança de ter volta e perder de novo.
Mas fora isso, o filme parece um retalho de cenas e situações desconexas. As partes boas do filme de uma maneira muito bizarra também são as partes ruins.
Como por exemplo a caracterização da Mulher Leopardo, eu achei muito bonita a maquiagem ou efeito especial nela, porém os acontecimentos que fazem chegar até aquele visual não fazem muito sentido no filme. Se não fosse o fato dela ser uma personagem vindo dos quadrinhos, não teria o porque de ter aparência de leopardo.
O vilão do filme consegue ser excelente, mas o conceito de vilão do mesmo meio que se perde. Não dá para considerar o papel do Pedro Pascal como um vilão propriamente dito, mas parece a jornada de uma pessoa amargurada que toma decisões erradas.
Uma outra coisa que me chateia profundamente em filmes é a utilização do Deus Ex Maquina, que nada mais é que para a trama do filme seguir, algo totalmente inusitado ou uma super coincidência acontece. A preparação da cena onde a Mulher Maravilha corre atrás dos carros militares, tem lá seus fan services como a cena do jato, mas o fato de do nada o "vilão" e os "heróis" se cruzarem na estrada é muito preguiçosa.
O filme não é uma perda total, pois consegue divertir e tem suas cenas que emocionam e empolgam. Mas acredito que para muitos ao terminar de assistir o longa, na cabeça ficou o pensamento: "prefiro o primeiro filme".
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